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Em Bayeux, exposição sobre violência doméstica está aberta para visitação



Em mundo dominado pelo aparato tecnológico e pelo poder das imagens, a fotografia deixou de ser um produto ou resultado apenas de profissionais. Praticamente, todos os usuários das redes sociais passaram a usar câmeras de celular para registrar seu cotidiano, compartilhar informações ou denunciar violações de direitos.

Esse último motivo une os usuários das redes à educadora do Serviço Pastoral dos Migrantes do Nordeste (SPM-NE), Íris de Lima Silva e mulheres do Conjunto Mário Andreazza, em Bayeux, para celebrar os 17 anos do Centro de Mulheres Jardim da Esperança com a exposição fotográfica ‘O silêncio que fere’ que ficará aberta à visitação até o dia 4 de junho (sexta-feira), sempre a partir das 14h, na sede da entidade, no Comercial Norte, em Bayeux.

O olhar das mulheres sobre si próprias e a violência que enfrentaram deram o tom para a exposição ‘O silêncio que fere’, com fotos da educadora Íris de Lima Silva. Ao todo são 25 fotos que traduzem pelas lentes de Íris de Lima a interpretação que as mulheres fazem sobre a violência. “A ideia foi registrar a percepção das mulheres sobre a violência doméstica. Produzimos as fotos conversando com cada uma das mulheres tentando extrair ao máximo os sentimentos delas. Sentamos e discutimos com o Centro as que mais se aproximavam desse universo vivenciado pelas mulheres. Tivemos a preocupação de produzir fotos também que se distanciavam da violência para revelar a fase da superação e do fortalecimento da auto-estima”, disse.

A ideia surgiu porque todo mês de maio se fazia programação em homenagem às mulheres, no entanto, diante da pandemia surgiu a ideia de registrar vários momentos delas e transformar em uma exposição, segundo a integrante da coordenação do Centro de Mulheres Jardim da Esperança, Maria Jucelina Lima.

“Foi uma experiência muito renovadora não só para o Centro como para o SPM. A gente foi sentindo a alegria daquelas mulheres. Em seguida, elas faziam fotos soltas, felizes. Chegaram tímidas e na hora das fotos sentia um novo olhar, um despertar, quebrando o círculo da violência. Várias se doaram para fazer essas fotos”, destacou.

O projeto também integra cerca de 150 fotografias dessas mesmas mulheres após quebrarem o ciclo da violência como um exemplo para outras mulheres sobre a força da rede de acolhimento, orientação e encaminhamento dos casos de violência que constituem as políticas públicas de enfrentamento à violência contra as mulheres e a superação conquistada por parte de várias delas.

Realizada pelo Centro de Mulheres Jardim Esperança e pelo Serviço Pastoral dos Migrantes do Nordeste (SPM-NE), a exposição integra as ações do ‘Comunidade Mais Segura’, vinculado ao Projeto de Redução da Violência que tem foco no protagonismo das pessoas, no combate às diversas formas de violência, na defesa dos direitos humanos e na formulação de propostas de políticas públicas que resultem na plenitude da cidadania.

A exposição conta com o apoio do Ministério Público da Paraíba sediado em Bayeux, da Secretaria Municipal da Mulher, a Unidade de Polícia Solidária da Polícia Militar e a Rede Carolinas.









Redação
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