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Eduardo Leite aposta contra polarização: “A gente quer o futuro, não o passado”



O governador do Rio Grande do Sul e pré-candidato à Presidência da República pelo PSDB, Eduardo Leite, se reuniu na tarde deste sábado (14) com lideranças do partido na Paraíba em João Pessoa e Campina Grande. O evento foi liderado pelo deputado Pedro Cunha Lima (PSDB), presidente do ninho tucano no estado.

Apresentado como um dos nomes para a chamada terceira via que fuja da polarização entre o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) e o ex-presidente Lula (PT) para as eleições do próximo, Eduardo Leite acredita que poderá alcançar um número que eleitores que lhe levem a um eventual segundo turno e consequentemente à vitória.


“A gente quer o futuro, não quer o passado”

“Tenho números muitos baixos, mas tenho baixa rejeição. A rejeição turbina o voto do outro. O que não quer Bolsonaro para os próximos quatros anos, ao conhecer Lula pensa em Lula como alternativa para tirar Bolsonaro. O eleitor ainda não conhece as alternativas. Com a campanha, o eleitor vai nos conhecer”, elencou, prosseguindo.

“Está muito claro a rejeição a Lula e Bolsonaro, com isso o crescimento e oportunidade de uma terceira via. As pessoas ainda não me conhecem. O povo está preocupado se a vacina vai chegar no braço, como vai pagar energia, alimentação. A inflação que chega aos dois pontos. Essas são as preocupações e não uma eleição, que estamos a 15 meses. Vamos fazer crescer um caminho alternativo. Não é sobre discutir o que já somos, é o que queremos ser. O futuro e não o passado do país. Queremos discutir o para frente”, enfatizou.




Para um eventual mandato à frente do Palácio do Planalto a partir de 2023, Leite elencou fatores que poderiam ser implantados em benefícios ao território paraibano, como infraestrutura e abastecimento, além do reforço na educação.

“Aqui na Paraíba começamos nossa jornada em Campina Grande, onde o deputado Pedro Cunha Lima me apresentava o quanto há de formação de ensino técnico e tecnológico e pudemos ver o quando ainda há de carência e atenção. Como na primeira infância, carência no atendimento e oportunidade em desafios que precisam ser enfrentados. Infraestrutura, abastecimento d’água da Transposição. Precisamos concluir a transposição e daí ainda todas as obras para viabilizar a capacidade e distribuição das águas para quem mais precisa. Temos a Transnordestina, ferrovia fundamental para reduzir custos. Temos outras obras como a dragagem do Porto de Cabedelo, com uma capacidade de operar navios de maior porte”, disse.

Para o tucano, há muita energia desperdiçadas no país que precisam ser revistas.

“Há muita energia desperdiçada para atacar pessoas. Uma vez que tenha o meu nome apresentado pelo partido, vou buscar fazer um debate nacional, equilibrado, que é o que se devia fazer. A gente conseguiu [no Rio Grande do Sul] debater os problemas, zerar as dívidas. Não deixamos mais atrasar as contas do estado, demonstração que é possível trazer um campo de equilíbrio, com pautas estruturantes”, afirmou.

Homossexualidade e reeleição

Desde que assumiu a homossexualidade em entrevista ao jornalista Pedro Bial, o governador Eduardo Leite chegou a ser alvo de críticas por setores da esquerda, que acusaram o gestor de querer fazer uma autopromoção.

“Sobre a questão de eu ter falado de ser gay, eu nunca falei que não era e nunca tentei convencer de que não era. Simplesmente não falava e torço para que a gente chegue a um ponto de isso não ser mais um assunto. Política não é oportunidade para gente só gerenciar o orçamento ou fazer obras. É também sobre ajudar e liderar na direção correta, eu falo a respeito disso. Cada um escolhe a forma de trabalhar o tema na sua vida. É importante que existam pessoas que façam dessas lutas, lutas de vida”, pontuou.

Caso venha ser eleito presidente da República, Leite garantiu que não disputará reeleição.

“Não fui candidato à reeleição a prefeito, como não seria a governador. Se tiver como candidato a presidente, o Brasil precisa de um presidente da República que esteja focado em atacar os problemas e não à sua própria reeleição”, finalizou.

Wallison Bezerra – MaisPB
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