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Presidente do Haiti é assassinado a tiros durante ataque a residência oficial




O presidente do Haiti, Jovenel Moïse, 53, foi morto a tiros por um grupo de agressores não identificados em sua residência oficial durante a madrugada desta quarta-feira (7), informou por meio de um comunicado o primeiro-ministro interino, Claude Joseph, que classificou o caso de “ato odioso, desumano e bárbaro”.

Segundo o premiê, a esposa de Moïse, Martine, 47, também foi baleada e está recebendo cuidados médicos. Sem dar mais detalhes, Joseph informou ainda que parte dos invasores falava espanhol, o que indicaria que eles não são haitianos.

“Todas as medidas estão sendo tomadas para garantir a continuidade do Estado e para proteger a nação. A democracia e a República vencerão”, disse o primeiro-ministro depois de pedir calma à população e afirmar que a situação de segurança do país está sob controle da polícia e das Forças Armadas.

O ataque, no entanto, ocorreu em meio a uma onda crescente de violência ligada à crise política do país. Com o Haiti profundamente polarizado e enfrentando uma crise humanitária e escassez de alimentos, há temores de uma desordem generalizada.

Houve relatos de tiros ouvidos em toda a capital. Porto Príncipe vinha sofrendo um aumento na violência enquanto gangues lutavam entre si e com a polícia pelo controle das ruas.

Essa violência foi alimentada por um aumento da pobreza e da instabilidade política. Moïse vinha enfrentando protestos desde que assumiu a Presidência em 2017, com a oposição acusando-o de autoritarismo e de tentar instalar uma ditadura ao prolongar seu mandato —acusações que ele negava.

Moise havia governado por decreto por mais de um ano depois que o país não conseguiu realizar eleições legislativas e queria promover uma controversa reforma constitucional.​

Com Folha online
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