SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) - Em mais um dia de recordes trágicos, o Brasil registrou 3.600 mortes por Covid, maior valor da pandemia. Nesta sexta-feira (26), também foram registrados 82.558 casos da doença.
O Ceará não atualizou seus dados.
O recorde anterior anterior era de 3.158 óbitos e ocorreu na terça (23).
Apesar da situação no país ser gravíssima, ao menos parte do elevado número de óbitos registrados nas últimas 24h se deve a um represamento de dados que ocorreu nessa semana.
Goiás, São Paulo e Rio Grande do Sul associaram o elevado número de mortes em 24 h nos estados ao represamento que ocorreu por dificuldades de registro dos óbitos.
Santa Catarina não deu uma justificativa oficial, mas foi um dos estados a relatar dificuldades nos registros durante essa semana. A Bahia também disse que parte dos registros no dia são anteriores e ocorreram somente agora devido à sobrecarga de trabalho das equipes.
O estado de São Paulo teve recorde de óbitos, nesta sexta, com 1.193 mortes documentadas.
Pelo terceiro dia consecutivo, Minas Gerais também teve recorde de mortes.
Independente do represamento no dia, a média móvel de mortes voltou a bater recorde e chegou a 2.400 mortes por dia. A média móvel é um instrumento estatístico para amenizar grandes variações de dados, como as que ocorrem aos finais de semana e feriados. Ela é calculada pela soma das mortes dos últimos sete dias e divisão por sete.
A média recorde anterior era de 2.349 mortes por dia e ocorreu na última terça. Naquele momento, o país completava 25 dias seguidos de valores máximos da média.
A sequência foi quebrada justamente no dia em que o Ministério da Saúde mudou a forma de registro das mortes, o que provocou dificuldade na documentação por alguns estados e fez o número de óbitos cair artificialmente. A medida gerou críticas, que levaram a Pasta a suspender a mudança.
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